Dia 6
Cheira mal… cheiro mal! Está muito desagradável aqui em baixo. Choveu o dia todo, e fez muito frio. Tentei enrolar-me, qual caracol, para que não sentisse os pêlos de pé!
Ontem de noite comecei a delirar… pareceu-me ter visto alguém a espreitar lá no alto, meia-idade, cabelo curto, e olhava-me fixamente. Esfreguei os olhos e sumiu-se!
Tinha os meus 5 anos quando adoeci, febres altas, vómitos e… alucinações. Dormia praticamente o dia todo e sonhava sempre com o mesmo. Era carregado em ombros, mãos e pés atados, por um sujeito alto, vestia uma gabardina preta, botas e um chapéu de abas… nunca lhe vi a cara! Caminhava em passos largos, em jeito de corrida, aos solavancos e de forma incómoda era levado para algum lado. Quando finalmente parava, segurado por trás pela cintura, e puxado para a frente… acordava! Suado, olhos a lacrimejar e quente, muito quente.
Nunca gritei pela minha mãe. Tinha vergonha, um rapaz tão crescido, como os meus tios diziam, a chamar pela mamã.
Ontem não teria vergonha…
Ontem de noite comecei a delirar… pareceu-me ter visto alguém a espreitar lá no alto, meia-idade, cabelo curto, e olhava-me fixamente. Esfreguei os olhos e sumiu-se!
Tinha os meus 5 anos quando adoeci, febres altas, vómitos e… alucinações. Dormia praticamente o dia todo e sonhava sempre com o mesmo. Era carregado em ombros, mãos e pés atados, por um sujeito alto, vestia uma gabardina preta, botas e um chapéu de abas… nunca lhe vi a cara! Caminhava em passos largos, em jeito de corrida, aos solavancos e de forma incómoda era levado para algum lado. Quando finalmente parava, segurado por trás pela cintura, e puxado para a frente… acordava! Suado, olhos a lacrimejar e quente, muito quente.
Nunca gritei pela minha mãe. Tinha vergonha, um rapaz tão crescido, como os meus tios diziam, a chamar pela mamã.
Ontem não teria vergonha…
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